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Responsabilidade: o tripé DAC.

Responsabilidade: o tripé DAC.

RESPONSABILIDADE

Hoje quero escrever sobre o tripé Discernimento, Atitude, Consequência. Quando utilizados conjuntamente permitem ao indivíduo agir com Responsabilidade. Esse tripé, se treinado e utilizado diariamente, poderá levá-lo(a) em direção ao processo de auto e bio sustentabilidade, além de proporcionar autonomia perante a vida, liberdade para ser e existir, sem correr o risco de confundir liberdade com anarquismo. Responsabilidade aqui pode ser visto com a capacidade de dar resposta por si próprio.

DISCERNIMENTO

A primeira perna do tripe é o Discernimento. As pessoas entendem responsabilidade como algo relativo à cumprir com suas obrigações, pagar suas contas, etc… No entanto, responsabilidade é mais que isso (por mais que o que vou dizer pareça menos que isso). Responsabilidade é uma questão de discernimento. É o ato de você treinar sua percepção para separar o que lhe é tóxico do que lhe é saudável. Não exatamente uma escolha entre o que é bom ou não, mas saudável ou tóxico. Por exemplo, uma dor não é uma coisa boa, mas é saudável. Imagine que seu corpo perdeu a função de sentir dores. Você não sente mais dor alguma. Como seria sua vida? Seria o caos. No mínimo você estaria todo(a) estrupiado(a), cortado(a), faltando partes de seu corpo, etc, pois a dor é um sistema de alerta do organismo. Porém, quando a dor se torna crônica, ou seja, quando não foi tratada sua causa, então ela se torna tóxica, pois vai impedir o avanço natural e saudável da sua vida e do seu futuro. A toxidade não se limita a questões biológicas ou químicas, mas a tudo aquilo que possa impedir ou prejudicar uma vida saudável agora, e um avanço saudável ao futuro. As vezes a toxidade é orgânica, as vezes mental, as vezes emocional, as vezes espiritual e assim vai. Existem, por exemplo, muitos programas de televisão que são mais tóxicos do que saudáveis, muitos comentários que chegam até você que são tóxicos. Existem relações tóxicas, empregos ou trabalhos tóxicos. Somente você poderá decidir o que é ou não tóxico para sua vida. Saiba onde quer chegar, o que deseja alcançar, como quer viver, e saberá distinguir o que lhe ajuda e o que lhe fortalece. Pode também ocorrer de você decidir que aquilo que você está filtrando não é tóxico, mas também não é saudável, é simplesmente inócuo ou circunstancial. Sua responsabilidade maior perante a vida é fazer esse discernimento, passar as coisas todas por esse filtro. Uma vez que você tenha conseguido fazer esse filtro, poderá então passar à próxima perna do tripé.

ATITUDE

A segunda perna do tripé é a Atitude. Responsabilidade também é atitude. Uma vêz que você faça bom uso do filtro doDiscernimento, uma vêz que você tenha separado o joio do trigo, o tóxico do sauvável, cabe a você agora fazer alguma coisa à respeito, mobilizar energias em direção a um dos dois lados dessa balança. Você já descobriu o que lhe é tóxico (o que lhe atrapalha, lhe causa sofrimento), e o que lhe é saudável (o que lhe faz bem e lhe eleva em direção à concretização dos seus objetivos). Deve encontrar  então uma forma de acabar com a toxidade, se desprender dela, e de reforçar ou fortalecer o que lhe é saudável. Se não puder se desprender, então encontre uma maneira de tornar o tóxico no mínimo saudável, se não prazeroso. Essa decisão somente poderá ser tomada por você, por ninguém mais. Assim, você reforça o campo Responsabilidade.Como ja bem escrito por Carnegie, talvez não seja o caso de jogar o limão fora, mas de transformar o limão numa limonada. Algumas coisas não chegam a ser tóxicas, nem saudaveis, então você deve igualmente decidir se continua ou não com elas, principalmente se surgirem situações mais saudáveis que aquela situação inócua. Como já disse, só você pode decidir isso.

CONSEQUÊNCIAS

A terceira perna do tripé são as Consequências. Toda atitude, seja qual for, ou mesmo atitude nenhuma, ainda assim influenciará o seu presente e o seu futuro. O passado não mais. O presente representa as consequências do passado, onde você coloca alguns temperos a mais, que lhe trarão as consequências que chamaremos de futuro. Não há como não influenciar o presente e o futuro. Há sim, como deixar isso solto, afrouxado, deixando a vida lhe levar, como diz a música. Mas isso não é uma atitude responsável. Responsabilidade também é consciência. Agora você deve medir e saber bem quais são as consequências das suas atitudes, e arcar como ônus delas, sem reclamar de nada nem de ninguém. Lembre-se que se sua atitude for decidir por não fazer nada em determinado momento, ainda assim isso lhe gerará alguma consequência. Prevendo antecipadamente as consequências de seus atos, assumindo o ônus, não terá motivos para se vitimizar, nem para culpar outras pessoas. Agora sim, você fechou o ciclo do comportamento responsável.

 Pratique o tripé e verá como a vida se torna mais fácil, como você se torna mais livre, mais autossuficiente, mais autossustentável, e até mesmo bio sustentável, pois o seu sistema vivencial será menos estressado e mais responsável. Tire o peso que a palavra responsabilidade carrega para seus ombros, e torne-se responsável e consciente de seu papel nessa vida.

 Roberte Metring

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Sucesso e paz.
Varekai (onde quer que seja)
Roberte Metring – CRP 03/12745

Não me peça explicações, não as tenho. Eu simplesmente aconteço.
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