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Neurociência Vai à Escola

Neurociência Vai à Escola

Estamos vivendo um momento revolucionário, levando-se em consideração a quantidade e qualidade dos achados neurocientificos em relação ao funcionamento cerebral, de forma geral.

Os processo ensino-aprendizagem, da forma tradicional como sempre foi tratado, parece que não atende mais aos objetivos educacionais dentro do contexto atual de inteligência e resolução de problemas, até porque, em termos teóricos, as neurociências vem encontrando substratos importantes do aparelho neuro-químico, que corroboram as afirmações deixadas à décadas por grandes teóricos do desenvolvimento humano, e da educação, que nos fazem pesar que todos olhavam para o mesmo objeto – o ser humano – dentro do processo ensino-aprendiagem, só que cada um deles segundo uma ótima, prisma, ou ponto de vista.

A neurociência é a ciência que consegue juntar esse grande mozaico de forma a mostrar o grande complexo pelo qual necessitamos pensar o ser que aprende. Levemos em consideração que, na vida, tudo é decorrência da aprendizagem, e não somente  o produto acadêmico entregue nas escolas, ou delas retirado. A educação é para a vida, e a escola tem um papel importante, mas limitado ao campo da formalização dos conceitos e na transmissão dos dados a serem utilizados.

Enquanto o sistema educacional vigente acaba privilegiando o ensino de uma forma que possa atender a grande maioria dos aprendizes num formato mecânico e igualitário (se é que a maioria dos chamados educadores sabem exatamente do que se trata o ensino), utilizando para isso a transferência de dados e informações (não posso afirmar conhecimentos, já que em neurociências podemos pensar mais na formação do que na transmissão de conhecimentos), se incorporarmos as descobertas neurocientíficas (o que devemos passar a chamar de neuropedagogia) em relação à formação de memórias, por exemplo, sem a qual o conhecimento certamente será débil, teremos uma nova forma de visualizar a consolidação dos dados e a formação da inteligência.

Para tanto é necessário o entendimento do funcionamento do Sistema Nervoso, das transmissões neuro-químicas entre as sinapses, da formação de repertórios cogitivos e emocionais, do conhecimento de como cada área específica do cérebro codifica o input sensorial, e de como ocorre a uilização de tantos dados na formação de um conceito global e inteligível. A maioria dessas informações não é oferecida nos cursos de pedagogia, um pouco nos cursos de psicologia, e mais precisamente esse estudo acaba ficando por conta das ciências biológicas, e mais propriamente dita, da medicina.

O que pensasr então, do ensino atual, e principalmente do ensino futuro, e não tão longincuo futuro, mas daqui a não mais que dois anos? Onde estão os profissionais preparados para lidar e refletir à respeito desses achados e aplicá-los nos métodos “educaionais”, que estão começando a se mostrar cada vez mais ineficientes?

Não basta mais a preocupação básica do ensinar e do como ensinar, mas sim, o aprender  e o como aprender, e esse aprendizado ocorre nas redes neuronais, queiram ou não os mais ortodoxos eruditos da pedagogia clássica.

Os conteúdos subjetivos e simbólicos decorrentes da formação do conhecimento, em todas as suas formas posíiveis, demandam uma formação bio-química de primeira qualidade, que passa pelo amadurecimento do sistema nervoso, pela boa qualidade de nutrição, pelo estilo de vida, pelos interesses e prazeros do aprendiz, etc.

Se abrirmos as portas das escolas e convidarmos os nerocientistas a participarem dos processos educacionais (relação ensino-aprendiagem), certo como amanhã amanhecerá, teremos melhoras consideráveis desses processos, desde que, é claro, as mentes mais radicais possam se abrir às novas possibilidades, às quebras de paradígmas e ao novo mundo da maravilhosa ciência moderna.

Pensamos nisso.

Roberte Metring

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Sucesso e paz.
Varekai (onde quer que seja)
Roberte Metring – CRP 03/12745

Não me peça explicações, não as tenho. Eu simplesmente aconteço.
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