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Esquizofrenia & Sociopatia

Esquizofrenia & Sociopatia

Imagine-se com aquela sensação de medo que surge quando paramos no sinal de madrugada, nas ruas do violento e lindo Rio de Janeiro. Agora siga imaginando-se com essa sensação durante todos os minutos do seu dia. Imagine-se com aquela vergonha que sentimos quando somos flagrados, por exemplo, com o dente sujo naquela importante leitura de texto logo após o almoço. Agora siga imaginando-se com essa sensação a todo momento, com a certeza de que as pessoas o observam, podem ver tudo o que você faz e monitoram todos os seus atos. Imagine-se ouvindo alguém chamar o seu nome, olhando em volta e não vendo ninguém como acontece conosco de vez em quando. Siga imaginado que você continuará ouvindo vozes, todo dia, hora e minuto e que você não sabe de onde elas vêm.

 

Este recorte é de um texto onde a psiquiatra Patrícia Schmid explica aos atores globais, da novela Caminho das Índias, o que é ser um Esquizofrênico. O texto completo está postado no Blog de Bruno Gagliasso. Mesmo ao final da novela – que não pude acompanhar pessoalmente, mas acompanhei pelo relato dos meus alunos semanalmente nas turmas de pós-graduação – ainda é grande a quantidade de pessoas que confundem a Esquizofrenia com a Psicopatia, padrão também conhecido como Sociopatia ou Transtorno da Personalidade Dissocial, segundo o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana).

Esquizofrenia

A Esquizofrenia é um transtorno Psicótico, onde a pessoa sofre, sem controle, de quadros de delírios e alucinações, com discurso e/ou comportamento desorganizado, amplo prejuízo no teste da realidade, e na tomada de decisões. O ator Bruro Gagliasso interpreta um personagem Esquizofrênico. O relato inicial bem ilustra a vida de um Esquizofrênico, que não entanto não tem relação direta com a Psicopatia.

Sociopatia

Na Psicopatia, ou mais acertadamente Sociopatia segundo o DSM-IV – embora alguns autores ainda tentem justificar diferenciação entre os dois termos, esta diferenciação é mais de conceituação psicodinâmica do que psicopatológica – as pessoas desrespeitam os desejos, direitos ou sentimentos alheios, e freqüentemente enganam ou manipulam os outros a fim de obter vantagens pessoais ou prazer. Podem mentir repetidamente, usar nomes falsos, ludibriar ou fingir. Suas decisões são tomadas ao sabor do momento, de maneira impensada e sem considerar as conseqüências para si mesmo ou para outros; tendem a ser consistente e extremamente irresponsáveis, e demonstram pouco remorso pelas conseqüências de seus atos. A Atriz Letícia Sabatela interpreta uma personagem sociopata.

Claro que trata-se de uma explicação pobre, mas julgo que para os curiosos sobre o assunto ajuda a elucidar a diferença, que foi meu modesto objetivo para esta postagem. Àqueles que desejem se aprofundar no assunto, existem várias obras mais especializadas que podem ser consultadas, tanto da Medicina Psiquiátrica quanto da Psicologia.

Roberte Metring

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Sucesso e paz.
Varekai (onde quer que seja)
Roberte Metring – CRP 03/12745

Não me peça explicações, não as tenho. Eu simplesmente aconteço.
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