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DSM-5 causa guerra na psiquiatria.

DSM-5 causa guerra na psiquiatria.

O processo de revisão do mais influente manual de psiquiatria do mundo ganhou contornos de guerra nos últimos meses. Esse é  teor da reportagem de CLÁUDIA COLLUCCI e RAFAEL GARCIA publicada no Folha.com. Continua o artigo:

Abrindo a possibilidade de que pessoas consideradas saudáveis passem a ser classificadas como portadores de transtornos mentais, a obra despertou a ira de psicólogos, que já recolheram 11 mil assinaturas em uma petição contra as mudanças. Psicólogos brasileiros devem aderir ao movimento, que começa a ganhar apoio de psiquiatras proeminentes.

O DSM (Manual de Diagnósticos e Estatísticas) da Associação Americana de Psiquiatria é referência para tratamento e cobertura das doenças pelos planos de saúde. Entre as principais preocupações está o relaxamento dos critérios para que pessoas se encaixem como portadores de problemas como depressão, esquizofrenia e ansiedade. Isso abre a possibilidade para que mais gente seja medicada e exposta a efeitos colaterais. Antidepressivos, por exemplo, podem causar redução do desejo sexual e problemas de sono.

Há um retrocesso. Eles estão aumentando a patologização de situações comuns na vida das pessoas, como o luto“, afirma Humberto Verona, presidente do Conselho Federal de Psicologia.

A atual versão do manual (DSM-IV) exclui do diagnóstico de depressão quem está em luto por até dois meses, considerando que a tristeza é uma reação normal. A proposta é abandonar a exclusão.

O luto é uma condição da vida, não uma doença. Não precisa ser ‘medicalizado’“, afirma Theodor Lowenkron, professor de psiquiatria da UFRJ e membro do departamento de diagnóstico e classificação da Associação Brasileira de Psiquiatria. Para ele, o avanço da neurociência e a pressão da indústria farmacêutica têm levado à priorização do tratamento com remédios em vez das terapias psicossociais.

Veja na reportagem (clik aqui) mais detalhes sobre o assunto, inclusive com um box onde são apresentadas algumas diferenças diagnósticas entre o DSM-IV e o DSM-V, que deve ser publicado em maio desse ano, que devem ser observados tanto por psiquiatras, como psicólogos, neuropsicólogos, psicopedagodos e todos que trabalham com desordens psiquicas e comportamentais.

Fonte: CLÁUDIA COLLUCCI – Folha.com

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Sucesso e paz.
Varekai (onde quer que seja)
Roberte Metring – CRP 03/12745

Não me peça explicações, não as tenho. Eu simplesmente aconteço.
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