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Desagravo (retire as crianças de perto)

Desagravo (retire as crianças de perto)

(ATENÇÃO: devido ao conteúdo envolvido no desagravo dizer respeito ao abuso moral às nossas crianças e adolescentes, este post é destinado à reflexão moral e ética dos adultos, e possui material impróprio)

Quem me conhece sabe que não sou chegado a conflitos e polêmicas. Mas o momento está chegando a limites Sodômicos.

Em nome da arte, desatinos estão sendo produzidos em todos os lugares. E deixo claro, antecipadamente, que meu desagravo nada tem a ver com questões de gênero (mesmo que eu tenha minha próprias idéias e conceitos à respeito), ou com o mundo LGBT (cada um que faça o que desejar, em seu próprio mundo e com respeito aos que não pensam da mesma forma), mas sim, à preservação de nossas crianças e adolescentes, que encontram-se expostos a todo tipo de desatino, que percebo que, mais do que fazer refletir ou enriquecer seu repertório cognitivo, está levando-os à deturpação moral e ética de preceitos estéticos, morais, artísticos e até mesmo religiosos (sendo este o último no qual me concentro no momento, pois tem gente demais fazendo isso).

De qualquer forma, sei que serei criticado, e provavelmente receberei desagravos à minha posição na mesma intensidade dos desagravos que ora lanço. Não me importo. Me importo é com a minha consciência de trabalhar em prol do bem e do bom, dentro do que pode ser considerado saudável (pelo menos do meu ponto de vista, e do ponto da vista da ciência)

Estamos beirando limites perigosos, onde a liberdade e a libertinagem estão andando de mãos dadas, o bom senso está enclausurado em alguma masmorra, e o sentido de sociedade está sendo confundido com a liberalidade fantasiosa de desejos escusos e reprimidos de um percentual mínimo, quase insignificante, de pessoas que estão em desacordo com os compromissos morais mais elevados, afirmando que essa moralidade é arcaica, retrógrada e doentia, e vivendo sob os aplausos da ilusão.

A permissividade está tomando conta de nossa sociedade de maneira, à principio, fugaz, porém, sem dúvida nenhuma, escondida numa fumaça de alegria e festa, que de forma alguma pode ser considerada saudável para quem quer que seja. Não apelo aqui para princípios religiosos nem filosóficos de grande profundidade. Apelo aqui ao bom senso verdadeiro, a fim de que a pseudo revolução libertária seja colocada em seu devido lugar, para que toda a evolução humana não seja recolocada no tempo da pedra lascada.

Sei que serei criticado, sim, sei que alguns poucos se servirão de minhas palavras para arguir sobre o discurso retrógrado e arcaico com o qual me submeto às criticas. Mas prefiro ser criticado dessa forma, do que criticado pela minha própria consciência, quando, em pouco tempo, se ainda viver, certamente terei o desprazer de ver meus filhos e netos vivendo às beiras do muro de uma nova Sodoma (não tomem como um discurso religioso, que não sou). Bem, vamos ao que interessa.

Há alguns dias, uma exposição livre para todas as idades, de um homem nu, totalmente protegido pela licença poética e artística de algumas mentes que não consigo entender, foi alvo de desagravos, prontamente rebatidos por seus defensores. Esse homem poderia, em nome da arte, ser tocado, como foi, por crianças, que, estimuladas por suas curiosidades iniciais, estavam fazendo suas experiências surreais. Tive o desprazer de ouvir um critico/artista, de sotaque tipicamente francês, defendendo em TV brasileira que ou as crianças aprendem assim, ou através da pornografia, como se não houvesse mais nenhuma outra forma da criança aprender sobre seu corpo, ou o corpo de outra pessoa.

Outros, ainda, vieram em defesa desse tipo de arte, devidamente financiada por um grande banco, e, não posso afirmar, talvez por mais algum projeto de incentivo à cultura. Em Paris, um museu está seguindo o mesmo rumo (mas isso é um problema deles que não me compete discutir). No nosso caso, certamente que receberei mensagens defendendo a arte e penalizando os pais, que não deveriam levar seus filhos a esse evento. E isso também é correto. Estamos vivendo num período em que os pais veem normalidade em tudo. Se os leitores e leitoras bem viram jornais televisivos da semana passada, um garoto de 12 anos passou mais de 24 horas numa cela, com um prisioneiro pedófilo, levado pelos pais, sabe-se lá por conta de que. Ainda houve outro caso de um pai trancado dentro de um carro com janelas fechadas, no interior de São Paulo, fumando maconha, com um filho de 2 meses no interior do veículo. Claro que  estou no extremismo, mas já que os próprios pais, filhos órfãos de um sistema podre e desatinado, não conseguem mais discernir, há que ter alguém bem estudado, com formação acadêmica universitária, pós-graduado, doutorado e o escambau, que possa. E somente com grande apelo social esses poderão agir em benefício social.

O desatino é tão extremado que, há algum tempo, pouco tempo, foram recolhidas, no BRASIL, cartilhas cujo objetivo era educação sexual (mesmo para quem ainda não tinha despertado esse interesse) com conteúdo pornográfico que estavam sendo distribuídas às escolas de primeiro grau, com a chancela dos ministérios governamentais, material devidamente analisado e aprovado por técnicos (??) especializados em pedagogia (tenho muitas dúvidas sobre isso), educação (mais dúvidas ainda) e aprendizagem (nossa, nem sei mais o que é dúvida agora).

Em Porto Alegre, ainda nesses poucos dias passados, uma exposição (aberta à crianças), expunha material pictórico mostrando dois seres de cor branca e um ser de cor negra, este de quatro, praticando sexo oral num dos brancos, enquanto o outro aparece copulando (estou tentando ser educado com as palavras) com este ser (não vi até o momento ninguém dos direitos humanos, da defesa das etnias ou de qualquer outro movimento de preservação afrodescendente se manifestando sobre isto, o que me pareceu estranho, salvo se eu estiver muito enganado, e se assim for me escuso antecipadamente).

A mesma exposição mostra uma ovelha sendo violentada por duas pessoas enquanto uma mulher pratica zoofilia com um cachorro. Ressalto, isto tudo num museu aberto a crianças, não num bordel, ou numa casa especializada para a pratica de tais atos libidinosos e esquisitices sexuais (e então eu não teria que fazer nenhum comentário, pois tudo estaria no lugar correto, com as pessoas corretas). Novamente já estou ouvindo os ecos dos mais entusiasmados dizendo que a responsabilidade de levar as crianças a tal tipo de exposição é dos pais. Certo novamente, pelos motivos que já expus acima.

Em São Paulo, um outro show de esquisitice mostra a imagem de um homem nu esfregando uma imagem de nossa senhora num ralador (sei que imagem não representa nada para muitos, mas há que ter respeito). A explicação dada foi que se tratava de um tipo de arte interativa com o corpo humano, como se se tratasse de um show do Cirque du Soleil.

Tive acesso igualmente a um vídeo promovido pelo vereador Eric Lins, da cidade de Uruguaiana – RS (assista abaixo), discorrendo sobre os mesmos temas, e mostrando as mesmas preocupações que me cercam.

Neste vídeo ele fala sobre o problema de qualquer coisa ser arte, e aponta para estarmos vivendo o momento resultante de uma série e experimentos sociais anteriores, devidamente tolerados pela sociedade, como a peça MACAQUINHO encenada numa mostra do SESC Cariri, no Teatro Patativa do Assaré, em Juazeiro do Norte,  financiada pelo Sistema S, com dinheiro público originado do Governo Federal. Nesta peça (artística), os atores tinham por performance enfiar o dedo no ânus dos seus colegas, de forma pública. E tinha público para assistir, enfim, tem gosto para todo tido de coisas, mas pelo menos não deixaram entrar crianças, salvando assim os pais dessa vês de serem responsabilizados.

Eric Lins resgata neste vídeo o assunto que expus acima sobre a mostra ocorrida em Porto Alegre, mostrando que, não satisfeitos com a apresentação pública dos fatos já relatados, confeccionaram ainda um livro que foi enviado para as bibliotecas públicas do Rio Grande do Sul (quiça até para outras no Brasil, segundo Eric) com, segundo Eric, carta de recomendação de um grande banco (ele mostra no vídeo), onde outras fotos de teor pornográfico ou de instigação à promiscuidade são tabuladas, sem o menor pudor ou despudor, como se fosse mesmo uma apresentação do quadro Monalisa.

Novamente ouço os ecos daqueles que discordam de minha opinião (e da opinião de outros milhares), reacendendo a chama da responsabilidade àqueles que deixam as crianças acessarem. Mas ora, é uma biblioteca pública, lugar do respeito à sabedoria e ao conhecimento, onde não se encontram arquivadas as coleções das revistas Playboy, G, nem de revistas de fotos pornográficas, ou CDs com conteúdo pornográfico ou pedofílico, sob a insígnia de cultura para as gerações futuras. Mas talvez devessem servir, se assim o fosse, para que as gerações futuras pudessem ter acesso às informações sobre a degradação social dos anos 2.000 (com acesso restrito à adultos interessados em degradação social)

Bem, a lista de coisas estranhas e esquisitices é grande. Como já disse, no lugar certo com as pessoas certas, provavelmente eu diria que está tudo certo. Porém, tudo isto está no lugar errado, sendo apresentado às pessoas erradas, incentivando a coisa errada (do meu ponto de vista). E se continuar assim, fotos de tarados ejaculadores em ônibus talvez venham a ser consideradas arte daqui a algum tempo. Porém, arte não é escatologia.

O momento é por demais delicado, onde, ao mesmo tempo em que tudo deve ser politicamente correto, onde qualquer coisa é um desafio aos direitos humanos, de classes, de etnia  ou de gênero, onde não podemos falar sem correr o risco de sermos tomados como marginais da palavra, seres outros, que pregam a igualdade, que pregam o respeito, caem em desatino sem censuras, e incentivados, seja moral ou financeiramente, a promoverem seus desatinos, e ai reside o desajuste, junto às crianças. Me incomoda que aqueles que deveriam estar protegendo, estão ajudando a desajustar.

Para onde foi o respeito? O mesmo respeito que as “classes menos privilegiadas” exigem. Onde está a moral e a ética para julgar a legitimidade de tais reivindicações? (não entrei em questões legais ou jurídicas para não piorar a coisa toda)

Ou a sociedade se mobiliza para colocar limites em tudo isso, ou então, veremos a involução moral, e a concretização do projeto de sodomização social acontecer sob nossos olhos.

Movimentos de classe envolvendo educação e saúde, principalmente, devem se posicionar quanto à educação e saúde de nossas crianças, jovens e adolescentes antes que seja tarde demais.

Nossas instituições jurídicas precisam se preocupar com a organização dos limites mínimos necessários à preservação da construção psicológica, social e moral de nossa sociedade. Não basta que a preocupação se manifeste em termos econômicos ou políticos. Está na hora de uma mobilização em prol da organização da vanguarda, antes que a vanguarda se torne uma regressão. A hora é agora. No pós, será tarde.

Roberte Metring

Vídeo do Vereador Eric Lins.

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