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Construção do Conhecimento: algumas formas de pensar o fenômeno

Construção do Conhecimento: algumas formas de pensar o fenômeno

O conhecimento não ocorre somente no mundo acadêmico. Diariamente nos envolvemos com questões e situações que geram ou pelo menos produzem determinadas formas de conhecimento. Em termos práticos, conhecimento é o ato de incorporar conceitos, novos ou originais, sobre fatos ou fenômenos, é fruto de experiências acumuladas em nossas vidas, incorporadas pelo uso dos sentidos, da razão e da intuição.

Entre os seres vivos, somente o ser humano é capaz de criar, recriar e aplicar o que aprende, absorver e transformar conhecimentos, e criar um sistema de símbolos que permitem o registro e a transferência desses conhecimentos. Estes símbolos também auxiliam no ato de pensar e re-pensar, permitindo ordenar os fenômenos ocorridos e fazer previsões para fenômenos novos. A linguagem é um desses símbolos.

Metodicamente podemos definir algumas formas de produzir o conhecimento a partir de fatos e fenômenos. Vejamos:

Conhecimento Empírico

Também conhecido como conhecimento comum ou popular, fundamenta-se apenas na experiência, não obedece a nenhum método, nem estudos ou pesquisas organizadas, ou seja, é obtido ao acaso, através de ações não planejadas. Não possuindo um método que norteia a investigação, é assistemático (não sistematizado) e não planejado. Embora possa ser verificável, é falível e inexato, ocorrendo na medida em que seja exigida do organismo alguma forma de adaptação, ou solução de algum problema. É o que acontece comumente a todo ser humano em sua vida cotidiana.

Conhecimento Filosófico

Desde o século VI a.C. são freqüentes os debates entre os homens sobre a sua própria existência, e a existência dos fenômenos. O mérito maior da Filosofia é de desenvolver e permitir a reflexão ou raciocínio. O conhecimento filosófico é valorativo, racional (lógico), e obtido como fruto da reflexão humana sobre os fenômenos, produzindo conceitos, na maioria das vezes, de ordem subjetiva – já que são valorativos, para dar sentido ou explicação aos fenômenos observados.

Conhecimento Teológico

Também conhecido como conhecimento religioso, é de ordem valorativa, como no conhecimento filosófico, porém, não é de ordem racional, mas inspiracional. Tem por fundamento a fé ou crença. Aceita a revelação divina com fonte, e esta basta para explicar fatos e acontecimentos aparentemente inexplicáveis. Apesar do conhecimento teológico ter um formato sistemático – diferentemente conhecimento empírico e do filosófico, igualmente a àqueles não pode ser confirmado ou negado, já que não é verificável, mas simplesmente aceito, além de ser permeado pelas formações morais, religiosas e de crenças do observador.

Conhecimento Científico

O conhecimento científico é racional, intelectual, sistemático, exato e verificável a respeito da realidade. Exige demonstração e comprovação, e pressupõe aprendizagem. Deriva de procedimentos de verificação baseados em metodologia científica: prende-se a fatos, não depende de crenças, não guarda conceitos morais nem religiosos, e tem por objetivo encontrar causas, motivos, processos e resultados perfeitamente explicáveis e aplicáveis que permitam, inclusive, interferir e controlar a ocorrência de determinados fatos ou eventos. Esta forma científica de pensar o fenômeno, é que deu origem aos vários métodos e tipos de pesquisa.

Roberte Metring

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Sucesso e paz.
Varekai (onde quer que seja)
Roberte Metring – CRP 03/12745

Não me peça explicações, não as tenho. Eu simplesmente aconteço.
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