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Síndrome de Pânico

Síndrome de Pânico

Questão: Muito se fala em Síndrome de Pânico, até eu já fui diagnosticada com tal síndrome, porém sabemos os sintomas, mas, quais as causas da síndrome do Pânico? Tem causa Fisiológica?

A palavra “pânico” deriva do grego πανικός (“deus dos rebanhos, Pã”). Pã se divertia assustando rebanhos de caprinos e ovinos, que fugiam desesperadamente vitimadas de um medo terrível.

Os gregos antigos creditavam a vitória na batalha de Maratona a Pã. Eles usavam seu nome para o medo exibido pelos soldados inimigos em fuga. Dai surge o termo pânico (de Pã): um medo surgido do nada que coloca a pessoa em situação de desespero.

No organismo, estado de medo é um sistema de defesa útil, que ativa várias regiões no cérebro relacionadas à atenção, colocando o “animal” em estado de alerta máximo, mobilizando todo o organismo, seu metabolismo e toda sua carga hormonal para estado de luta ou fuga. Esse estado de luta ou fuga sempre ocorreu entre os animais em situação de medo ou perigo, desde o inicio da história.

Nessas situações podem ocorrer muitas coisas, como por exemplo, por força da descarga de adrenalina, o  organismo pode perder a memória e passar a agir de forma autônoma; pode ocorrer a perda da sensibilidade das extremidades do corpo para diminuir a a percepção de dor, no caso de ferimento, e permitir agilidade na fuga. Enfim, sempre que o organismo encontra-se em situação de perigo real, há uma mobilização neuropsicobiológica para que se mantenha a vida organizada.

Em alguns casos, o medo foge do controle, e passamos a temer algo que já não é mais real, ou temer de uma forma acima das necessidades eliciadas pelo evento gerador do medo. Quando o medo supera a realidade, e começa a se tornar um processo mental, podemos estar começando a produzir o estado de pânico. É mais severo que o medo simplesmente, porque agora há um processo mental controlando todo um processo neurobiológico, mantendo o organismo em estado de alerta permanente, desestabilizando seu funcionamento físico ou emocional.  A pessoa se torna vigilante, mas não sabe em relação a que, e nos casos mais severos já passa a ter medo de ter medo. Ou seja, o medo se instalou de forma tal que a pessoa perde o controle voluntário sobre a mente e o corpo, e na maioria das vezes simplesmente diz que não consegue controlar tal impulso. E pior, passa a nem saber mais  o porque.

Enquanto síndrome (como o nome diz, um conjunto de situações e patologias funcionando lado a lado), no ser humano exige todos os cuidados, pois passa a ser uma patologia, na verdade uma psicopatologia, com efeitos psicossomáticos altamente perniciosos. O transtorno merece total atenção, e a pessoa precisa procurar ajuda profissional, normalmente psicológica e psiquiátrica, pois não é raro que haja necessidade de intervenção medicamentosa junto com a reversão cognitiva do processo.

Crises de ansiedade, depressão e estresse normalmente se associam aos quadros de pânico, perturbando ainda mais o organismo e as relações sociais da pessoa, que passa a viver em estado de reclusão, mantendo o mínimo de atividades necessárias,  passando  muitas vezes a ser rotulada de anti-social.

O quadro é reversível, desde que tratado.

Roberte Metring

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Sucesso e paz.
Varekai (onde quer que seja)
Roberte Metring – CRP 03/12745

Não me peça explicações, não as tenho. Eu simplesmente aconteço.
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