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Identificação de doenças mentais a partir de imagem no cérebro

Identificação de doenças mentais a partir de imagem no cérebro

Criado pelo professor da Universidade da Califórnia Ismael Mena, o chamado “spect cerebral” já é desenvolvido no Brasil e é um exame capaz de diagnosticar problemas psicológicos. Chegou pelas portas de Natal, pelo médico e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Roberto Jales, que após fazer um curso com Mena começou a realizar o exame na Clínica Nuclear de Natal. A partir do exame desenvolvido por Ismael Mena, em todo mundo já foram feitos mais de 30 mil exames. No Rio Grande do Norte, o médico Roberto Jales explica que recebe pacientes de outros Estados que vêm em busca do diagnóstico da doença mental.

A “cintilografia de perfusão cerebral” é realizada em duas etapas. O paciente primeiro é submetido a uma avaliação com a psicóloga e depois é feita a captura da imagem do cérebro. É injetada uma substância que é captada pelo cérebro e a partir disso gerada a imagem feita através da máquina de Medicina Nuclear. A partir dessa imagem o médico Roberto Jales avalia a distribuição da substância no cérebro e a cor. Com isso, é traçado o diagnóstico. O laudo é feito em conjunto pelo professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte com o médico Ismael Mena, que recebe as imagens pela Internet.

“Há casos em que os pacientes chegam com dois diagnósticos e o exame trará o laudo sobre a doença que acomete o paciente”, afirmou Roberto Jales. Em recente entrevista à imprensa natalense, Ismael Mena explicou que todo trabalho é realizado a partir de um banco de dados que foi feito com base em pacientes normais. “Nós construímos bases de dados para crianças de 3 a 5 anos e outro diferente de 6 a 18 anos. Outra de jovens de 18 a adultos de 40 anos e um para adultos com de 40 a 80 anos. Isso foi possível com o desenvolvimento em meu laboratório na Universidade da Califórnia para o software de padronização para o volume do cérebro para que possamos construir bases de dados normais, e especialmente para comparar os resultados de nossos pacientes anormais com bancos de dados normais correspondentes ao mesmo grupo da idade”, disse o médico.

Ismael Mena explicou que esse comparativo do cérebro de uma pessoa normal com o de paciente doente é possível a partir da variação do fluxo sanguíneo no cérebro. “Em mais de 20 anos de trabalho nós descrevemos alterações em circuitos funcionais em várias doenças cerebrais, como transtornos de humor, cognitivas, os efeitos de drogas e lesões cerebrais, entre outros”, comenta Ismael Mena.

Ele descarta que o exame seja um concorrente de psicólogos e psiquiatras. “O neuroSPECT (nome do exame realizado) auxilia psiquiatras e psicólogos reforçando o seu trabalho e dando mais informações no momento do diagnóstico adicional, para tomarem as decisões sobre o tratamento. O exame também oferece a possibilidade de avaliação por imagem das respostas terapêuticas em curto espaço de tempo e, assim, aumenta a eficácia dos seus tratamentos”, destacou.

FONTE: TERRA SAÚDE, by ANNA RUTH

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